Texto: Mirelle Santiago
Foto: Google.com
Para os estudiosos, a mídia influencia os homens a ficarem antenados à moda, mas ainda existe preconceito contra os mais vaidosos
O estilo metrossexual é estimulado pelos modelos masculinos, que, a cada coleção, apresentam cortes de cabelo elaborados e um visual mais arrumado, cheio de detalhes |
Com a industrialização das cidades, a ideia da beleza física conquista a sociedade moderna, e, por isso, nos anos 90, ficou mais nítida a presença do consumidor masculino à procura de produtos de beleza. Hoje, a presença de um homem em um salão de beleza já não é mais sinal de homossexualidade. O termo metrossexual - surgido no final dos anos 90, sendo gíria para um homem heterossexual urbano que se preocupa excessivamente com sua aparência - foi utilizado pela primeira vez pelo jornalista Mark Simpson por meio de um artigo em que afirmava que David Beckham, jogador do Milan, se encaixava no perfil.
O segurança Francisco Nascimento, acredita que homem vaidoso é “supernormal” e que a mídia influencia muito nessa atitude de vaidade dos homens. “Não tenho nada contra homens vaidosos, até porque eu mesmo tenho minhas vaidades, como fazer unha”, destaca Nascimento.
Na opinião da professora Wyara Bueno, ainda há muito preconceito contra homens vaidosos. Ela, no entanto, diz não se encaixar nesse grupo de ‘preconceituosos’. “Eu acho que ter vaidade é normal. Um homem que, por exemplo, faz unha, para mim é bem visto, afinal, é um sinal de que ele cuida da sua higiene pessoal”.
Mesmo com tantos argumentos em defesa dos vaidosos, o psicólogo Ricardo Borges sentencia: o homem que tem vaidade ainda se sente acuado diante da sociedade. “Apesar de o homem moderno perceber que suas chances sociais são maiores e melhores se estiver bem cuidado, ainda se sente incomodado com a ideia de ir ao salão. Já os que assumem que são mesmo vaidosos não são bem vistos pela sociedade”, declara Borges.
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